(Maria há uns bons meses atrás)
No post que escrevi sobre as noites mal dormidas – minhas e da Maria – percebi que este tipo de assuntos vos interessa. Estou certa? 🙂 Juro que nunca pensei que houvesse por aí tanta gente com estes dramas! É chato, por um lado, mas por outro, sempre dá para trocarmos umas ideias, dicas, truques, conselhos, receitas milagrosas! (quem não quer? ahah). Vai daí decidi pedir ajuda a quem realmente domina estas matérias de putos para dar uma ajudinha a todas nós. (#mamãeagradece)
Começamos com o tema das constipações, mas espero que desse lado contibuam com ideias para temas – aproveitem também para tirar dúvidas com a nossa especialista que ela responde 🙂 A Ângela é enfermeira de saúde infantil e pediatria e instrutora de massagem infantil e vai estar aqui para “abordar temáticas do vosso interesse … aquelas que habitualmente colocam muitos “quê’s” e “porquês” neste mundo tão divertido da criançada, pela qual sou uma apaixonada”, palavra de enfermeira 🙂
Vamos lá então.
(Deixem as vossas dúvidas, opiniões, etc. nos comentários, Ok?)
O Verão chegou ao fim e com ele iniciou-se o tempo de escola, os primeiros frios…e muitas vezes: “As malditas constipações!”. Muitos pais questionam: “Há coincidência entre o início da escola e as constipações? Há relação com as condições ambientais? Podemos fazer alguma coisa para as minimizar?!”
Todos já ouvimos a expressão “infetário” associada ao infantário/escola. De facto, existe uma relação causal entre as infeções e o espaço “escola”, mais propriamente para o infantário, uma vez que abrange uma faixa etária mais nova. A relação causal que existe está relacionada com a idade da criança, por sua vez com o seu nível de desenvolvimento, quanto mais pequenas, mais suscetíveis se tornam. Não só porque apresentam um sistema imunitário mais imaturo, mas também porque apresentam um maior número de comportamentos “de risco” que as tornam mais susceptíveis. São exemplo: excesso de salivação (aquela baba sempre pronta!), a troca de saliva e outros fluidos com outras crianças (mãos dentro da boca, e agora nos olhos…e depois ranhoca…) ; troca fácil de brinquedos e objectos uns e de outros, que passam rapidamente das mãos para a boca (toma lá a minha chupeta dá cá a tua!), o estarem habitualmente delimitados a espaços mais fechados, o estarem dependentes de um adulto cuidador que por sua vez cuida dos restantes assim, havendo contágio, facilmente há propagação.
Bem… o “positivo” é que com o passar do tempo as resistências vão aumentando e como tal as situações de doença reduzindo.
E há factores externos que propiciam a doença?
De facto o Outono/Inverno promovem condições favoráveis ao desenvolvimento viral. A maioria dos vírus desenvolvem-se num clima frio e húmido, ficando assim reunidos os factores óptimos para a sua multiplicação. Há um maior condicionamento de todos nós a espaços fechados, favorecendo o contágio facilitado dos vírus. A exposição às diferenças de temperatura acentua-se …!
Então … E o que fazer para reduzir o risco das constipações?
– Minimizar a exposição ao frio, utilizando roupa adequada às condições ambientais;
– Evitar locais fechados e com grande aglomerado de pessoas;
– Realizar frequentemente “lavagens do nariz” com soro fisiológico mantendo o nariz o mais limpo possível (isto é, nariz desobstruído e ranhoca transparente!);
– Oferecer líquidos frequentemente, mantendo o nível de hidratação adequado;
– No caso de crianças com doenças crónicas, ou crianças que ficam muitas vezes doentes pode ser necessário o reforço vacinal.
– Correta lavagem de mãos com soluções de sabão ou alcoólicas, antes e depois, do contato com possíveis “infetados”, bem como às refeições.
Não esquecer… Quanto mais pequena a criança mais susceptível se torna. Não é necessário “alarmismos” somente conhecer para melhor actuar, este é o lema 🙂
Texto escrito pela enfermeira Ângela Baptista
Espero que seja útil 🙂
Instagram: @styleitup.cat
O meu problema com o meu filho de 7 meses tem a ver com o sono ou a falta dele! Acorda de 2 em 2 horas durante a noite para mamar e de dia as sestas também são muito pequeninas porque fez da minha mama a chucha dele, já que chucha mesmo nem vê-la. Já li alguns livros sobre o assunto e sei que o melhor é deixá-lo chorar uns dias, ainda que fique perto dele para o acalmar, até que se habitue e aprenda a adormecer sozinho. Faz todo o sentido que assim seja e racionalmente entendo a lógica deste comportamento o problema é que sofro de “mãezite” e não sou capaz de o ver chorar e chorar à espera de colo e ficar simplesmente a olhar para ele sem lhe dar imediatamente um mimo e … colo.
E já que estou com a mão na massa também gostava de saber se o arroz e a massa que se introduzem por esta altura se devem ser triturados na sopa ou podem ir inteiros.
Parabéns pelo blog, leio todos os dias! Beijinhos
Olá Cátia,
um pequeno à parte: vigie os olhos da M. Beijinhos
Olá Susana!Tudo controlado. O que acontece é que – como eu – a Maria tem um dos olhos mais saído do que o outro. Mas nada de alarmante 🙂 . Obrigada pela advertência 🙂 Beijinhos
Olá Marta . Vou falar com a nossa especialista na matéria e volto ao contacto 🙂 beijinhos
Obrigada pelas preciosas dicas, Enfermeira Angela.
Obrigada Enfermeira Angela! É bom ter boas dicas de quem sabe do assunto! Todos os conselhos são bem vindos quando se trata de ajudar os mais pequenos a serem saudaveis!
Optimo trabalho 😉
Olá Marta!
Aqui vai a resposta da Enfª Ângela, que tenho a certeza será muito útil:
Olá ! Antes de mais obrigada pelos comentários de agrado e incentivo. Pretende-se realmente que seja um espaço enriquecedor no que se relaciona com o mundo das crianças.
Marta, relativamente ao “fazer a mama de chupeta”, como tão bem deve saber, é daquelas expressões que advertimos regularmente, antes de mais pelo mau estar físico que pode causar na mulher e posteriormente pelas consequências que pode trazer, como seja a que você está a experimentar. Fica o exemplo para outras mães…e tantos, tantos têm sido os casos que me têm recorrido com esta questão do “mau sono”. (por motivos vários, claro).
No entanto interessa-lhe ver o seu “problema” resolvido. Infelizmente, não existe soluções mágicas e prontas! Existem diversas teorias, métodos, nenhum infalível. O mais importante a reter será: a definição de rotinas e hábitos. Considera que tem tentado criar algumas rotinas? (é para pensar para si…).
A criança deve ser habituada desde cedo (6 meses podemos considerar “ideal”) à sua rotina do sono: reduzir o nível de atividade (implica ruídos, luminosidade, tarefas realizadas); criar um “momento pré-sono” como seja a leitura de uma história ou o cantar de uma música. Pode-se beneficiar com um banho noturno, caso o bebé habitualmente relaxe com este ritual. Pode-se ainda escolher o momento da alimentação como o último antes do bebe ser colocado na cama.
Quando refere que sofre de “mãezite” e que não o consegue deixar a chorar…Não considero que sofra de qualquer problema, é sinal de afetividade, união, a questão é, ainda assim conseguir atuar. E vai atuar pensando exatamente nesse amor que a faz “tremer” quando o ouve chorar. Como atuar? Tentar ser consistente nestes hábitos. Relativamente à “mama chupeta” se considerar que não se acalma sem a mama, procure um objeto transicional, por exemplo uma fralda de pano, um boneco macio… o objetivo é que o seu bébe o passe a associar a alguma segurança e conforto. Poderá tê-lo consigo afim de ficar com o seu cheiro. (é uma ajuda!!!) Não terá que o deixar a chorar, até porque entrará num ciclo de ansiedade enorme, aliás ambos! Tente confortá-lo com ele na cama dele, mostrando-lhe que está alí mas que é a hora de dormir, cada um no seu espaço.
Considerarei este tema para a nossa próxima “conversa”.
Relativamente aos alimentos…
Quando se inicia a diversificação alimentar objetivamos que o bebe se adapte a novos paladares, consistências…pelo que a experiência se torna mais rica quando os alimentos são separados.
— A Enfermeira A.Baptista —