A primeira semana nesta nova quarentena. Já vos disse que passo bem confinada em casa, consigo adiantar imensas coisas que, andando de um lado para o outro no dia-a-dia, difícilmente consigo. É claro que sinto muita falta do convívio com a família e os amigos mais próximos, mas estou disposta a esperar para podermos, finalmente, voltar à nossa vidinha de antes – se é que isso vai acontecer em breve.
Agora com o Manel em casa, é um bocadinho diferente, mas tentamos 🙂
Acho que temos duas opções neste novo confinamento:
1. Desesperar e ficar revoltada com o que nos está a acontecer.
2. Tirar o melhor partido de tudo o que nos acontece.
Sou pela segunda hipótese, até porque se não podemos mudar as coisas que não dependem de nós, do nosso controlo, de que vale desesperar?!
Durante a semana atiro-me de cabeça no trabalho, sempre que possível. Com uma criança em casa a disponibilidade não é a mesma, obviamente. Tento dedicar-me aos novos projetos e ideias que vão aparecendo; ao fim‑de‑semana é tempo exclusivo da família – a de casa, claro está! – e muita brincadeira com o Manel e mais tempo para por a leitura em dia (vivam as sestas!)
Todos os dias o Manel se mascara de várias personagens e ainda nem chegou o Carnaval 🙂
Saiam para o estritamente necessário, os hospitais estão a rebentar pelas costuras; os profissionais de saúde andam de rastos, para salvar o maior número de pessoas. É um cenário semelhante a uma guerra (não deixa de ser uma guerra contra o inimigo invisível), mas depende totalmente de nós, de não espalharmos o bicho, mesmo que involuntariamente. Estamos todos fartos desta situação, desta fase que parece que não acaba nunca, mas podemos dar o nosso melhor pelo menos para aligeirar o sistema nacional de saúde. Morro de medo de ter alguém próximo internado nos cuidados intensivos e a correr risco de vida. Por eles, por mim e por todos, cá estou, impecavelmente em casa. Saio apenas para o que é realmente necessário e não pode ser adiado.