Lembram-se do post que escrevi há uns tempos com 10 coisas que aprendi depois dos 40 anos? Está aqui, caso queiram ir ler 🙂
Nesse post prometi uma continuação e aqui está! Não sei se 100% destas coisas aprendi mesmo depois dos 40, mas acho que só agora parei para pensar neste assunto e, afinal, a vida é uma constante aprendizagem, não é verdade?
Continuando o post anterior, vamos lá:
11. Não esperar demasiado dos outros
É natural que as pessoas se desiludam umas às outras, mas percebi que a desilusão tem mais a ver com as nossas expectativas sobre os outros do que propriamente com as atitudes dos outros. Não podemos esperar do outro as atitudes que tomaríamos no lugar dele. Afinal, somos todos diferentes.
12. Existem vários tipos de amigos e está tudo bem
Da mesma forma que as pessoas não são todas iguais, as amizades não têm que ser todas iguais. Há aqueles amigos com quem gostamos de passar bons momentos, aqueles com quem nos divertimos; há aqueles com quem temos conversas mais profundas, em quem nos inspiramos; depois há aqueles amigos que levamos para a vida, com quem podemos falar de tudo, que vão estar sempre lá para nós a qualquer hora do dia (ou da noite), com os quais também passamos bons momentos, nos inspiram, etc.
Aprendi a encaixar as pessoas em várias prateleiras, não quer dizer que seja mais ou menos amiga de A ou de B, mas são tipos de amizades diferentes. Quando ouvimos que “os amigos se contam pelos dedos de uma mão”, acho que se referem àqueles amigos para todas as horas, os que estão lá sempre e vão estar, no matter what. Não quer dizer que os outros não sejam amigos, mas é um tipo de amizade diferente. Quando somos mais novas temos tendência em achar que todos os nossos amigos têm que ser Best Friends Forever… às vezes é a vida que leva dois amigos (à semelhança de casamentos) em direções opostas, faz parte.
13. Parar de julgar alguém pela opinião dos outros
Uma opinião é algo pessoal, baseado nas nossas experiências, vivências. Sem termos vivenciado, a opinião não é nossa, é dos outros e essa opinião é influenciada pela experiência dessa pessoa, não a nossa. Aprendam a ter a vossa própria opinião, porque ela é só vossa.
14. Não tomar as dores dos outros como nossas
Na adolescência era muito comum tomarmos as dores umas das outras, quando duas amigas se zangavam por alguma razão, havia sempre uma terceira que tomava as dores de uma delas, muitas vezes só ouvindo um lado da história. Além de achar uma parvoíce hoje em dia, nem acho justo sequer. Adoro aquela frase “cada macaco no seu galho” e acho que se aplica. Chatearam-se? Ok. Resolvam se quiserem, eu não tenho nada a ver com isso e sigo a minha vida.
15. Nem toda a gente vai gostar de nós
Vocês gostam de toda a gente? Conhecem alguém que seja gostado por toda a gente? Acho que não conheço uma única pessoa 🙂 e olhem que conheço muita gente boa nesta vida, a começar pela minha mãe que é a melhor pessoa do mundo inteiro (NUNCA ouvi a minha mãe falar mal de ninguém nesta vida!), mas por alguma razão há-de haver alguém que não vai gostar (o que é diferente de dizer mal, atenção!). Vai haver sempre alguém que não simpatiza connosco, seja por que razão for e é ok, não precisamos de ficar chateadas com esse assunto. A viga segue, sem termos que gastar energia a pensar nas razões que fazem com que essa pessoa não vá com a nossa cara. Não vamos agradar toda a gente e quando percebemos isto, é libertador!
16. Não há idade certa para fazer isto ou aquilo
Sabem aquelas regras parvas que alguém inventa e achamos que temos que cumprir? Tipo: as mulheres a partir de uma certa idade não deviam ter o cabelo comprido; mulheres mais velhas não devem andar de minissaia; etc. Têm muita vontade de fazer determinada coisa? Façam! Por que é que é temos que nos sentir mal por fazer uma coisa que queremos e nos faz sentir bem? Os sonhos existem para poderem ser realizados (grandes ou pequenos), independentemente da idade…
17. Não ser rancorosa
Na verdade, nunca fui, mas achei importante incluir nesta lista. De que vale guardar rancor de alguma coisa ou alguém, afinal? Sigam a vossa vida e não gastem a vossa energia com isso. É uma perda de tempo!
18. O mundo pode mudar numa semana, vamos aproveitar!
Já tivemos a prova disto quando fomos surpreendidos pela pandemia em 2020, verdade? Não deixem para amanhã aquilo que podem fazer hoje, porque por alguma razão (que neste momento não nos passa pela cabeça), pode já não ser possível. Aproveitar a vida ao máximo, a vida é para ser vivida! Fazer coisas que gostamos, estar com quem gostamos, ter prazer nesses momentos, por pequenos que sejam. Sobreviver não é o mesmo que viver.
19. Aprendi a ser mais paciente
Nunca fui uma pessoa com muita paciência. Na verdade, acho que nunca fui paciente, de todo. Mas… como as coisas mudam à medida que vamos amadurecendo, percebi que, afinal, a paciência é uma virtude! E foi o Manel que me ensinou a ser mais paciente, as crianças também nos ensinam tanta coisa, quando estamos atentas a observar 🙂
Há coisas na vida que demoram a acontecer, precisamos de ter paciência (e fé), porque eventualmente vão acontecer.
20. Não podemos ajudar toda a gente.
Há muita gente que precisa de ajuda e, felizmente, há muita gente que ajuda com regularidade e tenho a sorte de poder ajudar sempre que posso. Se também têm por hábito ajudar quem mais precisa, certamente já pararam para pensar que também podiam ajudar mais X e mais Y. É ótimo este pensamento, claro que sim! Mas é impossível conseguirmos ajudar toda a gente, mesmo que seja essa a nossa vontade. Sozinhas, não vamos conseguir mudar o mundo, se fizermos a nossa parte já é maravilhoso e não precisamos nos sentir frustradas por não conseguimos ajudar toda a gente.