Têm uma ideia na cabeça de um negócio e querem passar para a acção?
Não vos posso dizer que empreender é a coisa mais fácil do mundo e que é melhor trabalharmos para nós próprias, porque vamos trabalhar menos… é exatamente o contrário! Enquanto num escritório (ou no dito trabalho “normal”) temos o nosso horário e, mesmo que de vez em quando tenhamos que fazer horas extraordinárias, não é todos os dias e os fim‑de‑semana são puro descanso; quando temos o nosso negócio não há propriamente um dia de relax, mas… quando acreditamos muito num projeto e queremos MESMO que ele dê certo, vai dar um enorme prazer trabalhar arduamente nisso e a motivação é outra, isso eu garanto!
No outro dia, partilhei um bocadinho do meu percurso, se quiserem ler.
Como se costuma dizer “a sorte dá muito trabalho”. Até chegarmos a essa sorte, até nos considerarmos (ou sermos reconhecidas como) pessoas bem sucedidas (isto dava um tópico para outro post, porque não é tão linear e sucesso não é necessariamente dinheiro no banco), há um imenso trabalho por trás. Ainda estou nesse processo de trabalhar para a minha sorte e, acreditem, trabalho muito. Mas eu ADORO o que faço e nunca me ouviram queixar que estava com imenso trabalho, porque eu não me queixo mesmo. Fui eu que escolhi esta vidinha e considero-me uma privilegiada de poder ir atrás dos meus sonhos (mesmo que não dêem certo, vou tentar!).
Posso dizer-vos que a maioria dos pequenos negócios fecham no espaço de dois anos, por uma simples razão: falta de planeamento.
Se querem começar qualquer coisa, planeiem, assentem as ideias e, mesmo que comecem um bocadinho mais tarde do que tinham planeado (eu queria ter lançado a OH, MONDAY! um ano antes), o mais importante é estarem confortáveis com o que entregam ao vosso cliente (seja ele uma pessoa ou uma empresa, um produto ou um serviço) e ter um bom planeamento do negócio, a todos os níveis.
Deixo algumas dicas simples para quem quer começar:
1. Ponha as suas ideias no papel
As ideias não passam disso se não forem materializadas e o primeiro passo é passá-las para o papel, para começarem a ganhar forma.
Não tente executar imediatamente as suas ideias (acreditem, também sou uma pessoa impulsiva e às vezes precisamos parar e respirar para perceber que precisamos de mais algum tempo), o impulso vai deixar escapar detalhes importantes e pode levar ao fracasso inicial. Aponte todas as suas ideias e tente ter um raciocínio lógico. Estas perguntas ajudam:
– Porquê?
– O quê?
– Como?
– Para quem?
– Onde?
– Quando?
– Quanto?
Por no papel vai ajudar a organizar as ideias, acredite!
2. Pesquise sobre o mercado
Pesquise sobre a área de negócio onde se pretende focar, o mercado que pretende abranger, quais são as outras empresas que têm produtos ou serviços semelhantes (concorrência), etc
A não ser que seja uma ideia completamente disruptiva e inovadora, a probabilidade de haver outras empresas nessa área de negócio é muito grande e é fundamental saber o que os outros andam a fazer e como se pode diferenciar.
3. Pense num nome para o seu negócio
Não é fácil e pode demorar muito tempo (OH, MONDAY! não foi a primeira ideia de nome para a marca, o nome era outro, mas não estava nada convencida e só passado várias semanas em que continuava a fazer o meu planeamento cheguei a este nome e fez todo o sentido). Com pressa, não fazemos nada bem, lembre-se disso.
Quando tiver o nome, registe-o e procure um domínio na internet e verifique se as redes sociais com esse nome estão disponíveis.
Só depois disso deve avançar para o desenvolvimento da imagem (logo, etc)
4. Faça o plano de negócio
Para um negócio vingar no mercado, tem que ser sustentável a vários níveis. A saúde financeira é fundamental e não pode dar um “passo maior que a perna”, porque aumenta o risco, caso algo não corra bem.
É certo que no início há um investimento que é preciso ter em conta (imagem gráfica, website, etc – se for um produto, mais ainda) o capital disponível e não voar alto demais. Todos os custos têm que ser contabilizados: fixos, variáveis, etc. Façam um P&L para se precaverem, é fundamental!
Se planear com antecedência, pode ir pondo de parte numa poupança e quando arrancar, já vai ter uma “almofada” foi o que eu fiz. Juntei durante alguns anos para não me endividar.
5. Inspire-se
Acho fundamental estar rodeada de outros empreendedores, são uma fonte incrível de inspiração. Seja nas redes sociais, em livros, revistas, artigos, amigos, etc. Nem sempre a nossa rede de amigos mais próximos têm esta vontade de empreender e precisamos de ir buscar inspiração noutros sítios. A troca de experiências, a energia positiva para mim são fundamentais no processo!
6. Não se importe com os outros
Vai haver sempre alguém que vai dizer “isso não vai dar certo!” não ligue! Eu sou daquelas que só partilha (pelo menos com a maioria das pessoas) quando está tudo prestes a acontecer e vou trabalhando no meu canto até ter algo mais concreto para apresentar, exatamente para não ouvir essas palavras de desencorajamento. Foque-se no seu objetivo e acredite no que está a fazer.
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