Malta: guia de viagem

Na semana passada fui, com a Sofia, conhecer Malta.

Era um destino que estava, há algum tempo, “em cima da mesa” para as férias de verão.

Apesar de já ser Outono, tivemos sorte e ainda conseguimos dar uns mergulhos nas águas azuis e cheias de corais.

Antes de começar a falar de Malta, tenho que dizer que a Sofia foi a companhia perfeita para a viagem, divertido-nos e rimos tanto!! Comparo a Sofs à Ingrid Guimarães, sabem? Ela é de chorar a rir! Socorro! ahah

Vamos lá então às dicas que vocês procuram:

A ilha de Malta fica pertinho da Sicília (Itália) e tem cerca de 400.000 habitantes, dos quais 70.000 são estrangeiros. Malta é constituída por 3 ilhas: Malta (a principal), Gozo (que tem cerca de 10% da população de Malta) e Comino.

Esta última não visitámos, mas tem praias ótimas (quem for no verão, não perder!). É uma ilha onde vivem 3 pessoas apenas! Não há hotéis nesta ilha, mas há passeios de barco no verão; no inverno com o mar agitado torna-se mais complicado.

Gozo é uma ilha mais pequena que Malta, e a capital Victoria é muito gira, visitem a Cittadella (cidade dentro das muralhas) e Rabat (arredores, fora das muralhas, com lojinhas típicas, igrejas bonitas e ruas cheias de charme)

A língua oficial em Malta é o Maltez, mas toda a gente fala inglês fluente, até entre eles.

COMO PREPARAR A VIAGEM

1. QUANDO IR

Pelo que percebemos, podemos ter as 4 estações do ano num só dia! Se voltasse em breve, seria na Primavera ou Verão, para garantir que não precisava de levar muitas camisolas e podia aproveitar as águas azuis com maior tranquilidade. Fomos no final de Outubro e o tempo estava ótimo, apesar de termos apanhado um dia de chuva non-stop. Mas o turismo está em alta durante todo o ano (de Janeiro a Fevereiro é mais fraco), porque o clima é, normalmente, ameno e dá para conhecer bem a ilha.

Se gostam de visitar durante as festividades, em Malta há 422 festas entre Maio e Outubro, é um povo festivo! 🙂

2. VIAGEM

Muita gente acha (foi esse o feedback que fui tenho no instagram ao longo da viagem) que é preciso fazer escalas e por isso desistem deste destino. Agora (não sei desde quando) há voos diretos de Lisboa (e Porto) para Malta, pela Air Malta. O voo demora menos de 3h e lá é uma hora a mais que em Portugal Continental. Ficámos quase 4 dias e acho que 4 ou 5 dias é o timing perfeito para conhecer bem praticamente tudo.

3. ESTADIA

Ficámos hospedadas em Sliema, aparentemente a melhor zona para encontrar um hotel ou Airbnb. Se não forem em família (com filhos e carrinhos de bebé), acho que deve ser bem giro ficar num hotel de charme na Medina (cidade medieval onde foi filmado partes do “The Game of Thrones”), mas é mais caro, seguramente. Em Sliema há uma grande variedade de transportes para todo o lado e é relativamente fácil. Também podem alugar um carro e explorar a ilha de uma forma autónoma.

Também se podem hospedar em Valetta (a capital de Malta), mas é um bocadinho mais cedo do que Sliema. Lá encontram alguns hotéis de charme também.

4. INTERNET

Hoje em dia o pacote de dados na Europa é o mesmo que temos em Portugal, por isso podem usar a net como se estivessem cá. Pagam o mesmo, sem roaming.

5. O QUE LEVAR NA MALA

Levar sempre um casaco / impermeáveis, independentemente da época do ano em que viajam para lá. Malta é muito ventosa (apesar de termos tido sorte e não termos apanhado assim muito vento…)

Não se esqueçam do fato de banho, independentemente da época do ano, se houver oportunidade para um mergulho naquelas águas, não desperdicem!

Levem calçado confortável, uma mochila (comprei uma lá!) e snacks para durante o dia.

6. COMIDA

A comida típica de Malta é muito ao género comfort food, mas com uma grande influência mediterrânea, comem pastas e pizzas ótimas em vários sítios. Excepto alguns restaurantes mais fancy, consegue-se almoçar / jantar por 15/25€ facilmente. Têm mesmo que provar uns pastéis típicos de lá – Pastizzi – que basicamente é um folhado com queijo ou frango e cogumelos, são baratíssimos (0,40€) e deliciosos! Provámos numa tasquinha, chamada Is-Serkin, mesmo ao lado da Medina.

Na baía de Sliema há vários restaurantes, com ótimo aspeto, onde podem comer uma ótima pasta e crepes para sobremesa 🙂 Lá não acreditam propriamente no chocolate, é tudo com Nutela, como 99% das pessoas adoram Nutela, acho que é uma boa notícia!

Destaco um restaurante incrível onde fomos, o Bahia, a comida é maravilhosa! Tudo ótimo!

Se forem a Gozo, almocem no Ta’Cenc II-Kantra Lido, Bar & Restaurant, vale mesmo a pena! E aproveitem para dar um mergulho naquela água transparente e muito salgada. Vale a pena, apesar de não ser muito barato.

Ah! As doses da comida são enormes na maior parte dos sítios! Se não tiverem muita fome, um prato dá lindamente para dividir 🙂

Há uma app que se chama “Time to Eat”, onde podem ver alguns restaurantes e até encomendar, género Uber Eats lá do sítio.

A fruta e legumes encontram frequentemente à venda em carrinhas, normalmente estas são de produção local (as dos supermercados são importadas) e são os melhores!

Os Malteses adoram tomar um digestivo depois da refeição.

7. CARRO / TRANSPORTES

Nota importante: a condução é à esquerda! Se estiverem a pensar alugar um carro, é importante que estejam habituados, porque pode tornar-se mais confuso (e até perigoso para os mais distraídos).

Acho que vale a pena alugar um carro para explorar Malta, mas os transportes públicos (nos quais não tivemos oportunidade de andar) são bons e há ligação para todos os pontos principais da ilha e para os ferries que fazem ligação mas outras ilhas (Gozo e Comino) e outras praias (St. Peter’s Pool). Também podem alugar uma bike, se quiserem fazer exercício 🙂

Há Uber lá, por isso sentem-se em casa, caso seja preciso!

8. PRAIAS

A maior parte das praias são de rocha, não há areia e as que teem areia, é mais alaranjada, não esperem uma areia branca ao estilo Caraíbas. As águas são muito claras, de um azul incrível e totalmente transparentes, onde facilmente conseguimos ver os corais, mesmo sem óculos. A forma mais fácil de conhecer cada recanto de praias é de barco, há excursões nas quais se podem inscrever ou alugar um barco para explorar com calma.

Em Malta há 3 praias: Ghajn Tuffieha Bay (esta que podem ver aqui), Gnejna Bay e Golden Sands, todas com esta areia meio alaranjada, mas a água muito clara. Ficam no norte da ilha e são as únicas praias de areia, praticamente. Todas as outras são de pedra.

Em Gozo, há a Calypso’s Cave e o Lido (onde mergulhámos) que valem a pena! Apanhem o barco para conhecer a Blue Lagoon 🙂

5 COISAS PARA CONHECER EM MALTA

La Valette – podem dar um passeio de barco (um género de gôndola), para ficar a conhecer a cidade de outra perspectiva.

Medina, a antiga capital: é uma cidade medieval (onde foram gravadas cenas da Guerra dos Tronos), linda, com restaurantes ótimos e alguns hotéis de charme para ficar hospedados também. Vale mesmo a pena visitar este sítio! Lá há um hotel (Chateaux), que tem uma restaurante no terraço e disseram que era ótimo! Estivemos lá pouco tempo, não chegámos a conhecer. Têm outros restaurantes bons aqui: De Mondion, Bacchus ou The Medina.

3 cidades: Birgu foi a minha favorita! As ruas são lindas, as casas típicas, com alguns hotéis boutique também.

Marsaxlok, uma aldeia piscatória linda! De lá podem apanhar um barco para a St. Peter’s Pool, pareceu linda nas fotos que vimos, mas não tivemos tempo de visitar (e o tempo nesse dia também não estava muito convidativo). Se forem aos domingos, até às 15h há um mercado de fruta e peixe, tudo muito fresco. Nesta vila há vários restaurantes com peixe fresco onde podem almoçar ou jantar. Fica muito perto do aeroporto (uns 10min de carro)

Popeye Village – se foram daqui a uns anos, provavelmente já fechou! Hoje em dia as crianças não conhecem o Popeye… é um género de parque de diversões, com filmes, teatro, jogos aquáticos, etc. Podem ver aqui.

Calypso’s Cave, em Gozo – onde se supõe que Calypso manteve Ulisses prisioneiro durante 7 anos. A vista é muito bonita. Vejam aqui. Se tiverem tempo, podem dar um salto às praias lá em baixo.

Blue Lagoon – a viagem é de barco (em grupo ou individual), se tiverem oportunidade fiquem lá alguma tempo a nadar naquela água inacreditável!

Outros pontos a não perder:

Co-Catedral de São João, fica em La Valette e é absolutamente imperdível! O interior é surreal de bonito!

Templos Megalíticos, em Gozo

St. Paul’s Cathedral

Igreja Rotunda de Mosta, onde a cúpula da igreja foi construída pelo povo. É muito bonita lá dentro. Caiu uma bomba na igreja, que tinha mais de 200 pessoas lá dentro, mas como não explodiu, ninguém ficou ferido e a bomba ainda lá está.

DICA: em Malta há uma fábrica da Playmobil, se os vossos filhos são fãs destes brinquedos, aproveitem, porque são mais baratos do que cá 🙂

Se tiverem alguma dúvida, alguma pergunta, força nisso! Se não souber responder, não vou inventar, aviso logo, ok? 🙂

Viagem a convite do Turismo de Malta

INSTAGRAM @styleitup

4 thoughts on “Malta: guia de viagem

  1. Helena says:

    Alguma desinformação nesta publicação: Comino tem sim um hotel, não existem apenas 3 praias de areia (um mito que mesmo quem visita continua a perpetuar). Deixo a dica para a próxima: explorar Gozo (tem locais incríveis)!

    • Margarida says:

      Alguma má interpretação do que escrevi 🙂
      Disse que existem 3 praias de areia em Malta (ilha) e não em Malta (país). A informação que tenho é que existem apenas 3 habitantes na ilha (até há um video de um YouTube de viagens sobre essa família) e, obviamente, na época alta, a ilha é visitada por muita gente e dificilmente as pessoas se apercebem que, durante todo o ano, habita lá apenas uma família de 3 pessoas. Não fiquei com a ideia de que havia lá um hotel, mas se existe, ótimo 🙂
      Gozo é incrível, tivemos pouco tempo para explorar, mas o que vimos gostámos imenso.

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